quarta-feira, 6 de agosto de 2008

domingo, 6 de julho de 2008

Adeus ...

Hoje,perdi a parte mais bonita da minha vida.

Hoje perdi todas as razões que tinha para viver.

Hoje, perdi o amor da minha vida.

Hoje a luz, o sol, as estrelas e a lua deixaram de brilhar para os meu olhos.

Hoje sou criança indefesa nos braços do destino.

Hoje pereci ao perder o mundo que sempre desejei.

Hoje não passo de um invólucro oco.

Hoje a chuva brota dos meus olhos, estes olhos que riam sempre que te viam.

Hoje já não sinto o doce mel dos teus lábios,o teu inebriante aroma ou mesmo a suave seda do teu corpo.

Hoje não sou nada...

Hoje fui forçado a dizer-te adeus ...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Se eu ...



Vou começar este texto por explicar o facto de eu ir começar um ciclo de várias reflexões políticas. Sei que não é natural, para quem me conhece, que eu escreva sobre este assunto, mas também é verdade que nunca a política me “irritou” tanto, isto para que o nível não comece a baixar já.
Assim, vou escrever sobre as primeiras decisões que eu tomaria se fosse eleito primeiro-ministro, não importa a propaganda barata das campanhas, já que para a besta que na realidade foi posta no poleiro por uns quantos milhares de toscos, essas questões só importam até à colocação da cruzinha no boletim de voto.

Em primeiro lugar, sem dúvida, colocava o Exmo. “Eng.”???? José Sócrates a trabalhar numa qualquer escola ali para os lados da Cova da Moura, quem sabe até pudesse aparecer na RTP num qualquer documentário apresentado pela Catarina Furtado, com um contrato a termo certo, a trabalhar apenas oito horas por dia (isto ainda está dependente do novo pacote laboral), a receber, sei lá, talvez 450 euros, sim porque eu sou generoso e já agora, sem direito a um seguro de saúde pois só assim poderia apreciar durante horas a fio o nosso magnifico sistema de saúde sempre que fosse espancado por um qualquer fedelho ranhoso com trancinhas no cabelo oxigenado, com calças abaixo dos glúteos e de onde emana um tal fedor nauseabundo que por si só provoca mais danos que um taco de basebol em cheio na nuca.
Claro que me preocupa a experiência desse senhor nos meandros da política siciliana e que usasse essa experiência para se tornar no líder de um gang e volte a roubar velhinhas e trabalhadores como nos velhos tempos de PM, por isso o melhor seria não colocar junto a ele a sua trupe, nunca se sabe. O melhor seria encarregá-los da separação do lixo para reciclagem, já que sempre demonstraram talento para separações, principalmente para afastar da realidade a ideia que o sector privado tem sobre a função pública e todas as suas “imensas” regalias.

Em segundo lugar, acabava com os lucros excessivos das entidades bancárias. Vamos lá ver, se um banco concede um empréstimo a um cliente e se por esse mesmo empréstimo cobra uma taxa de juros, digamos 7% e isto é apenas um exemplo e não uma taxa real, porque é que quando é o banco a usufruir do dinheiro dos seus clientes que lá abrem contas a prazo entre outros produtos, não são pagos juros mais próximos àqueles exigidos pelos bancos, digamos 5%?
Porque será que os bancos cobram 80 e apenas dão 8?
Tudo bem que os bancos têm que ter lucros como qualquer empresa, mas a meu ver, ao explorarem as necessidades e as deficiências monetárias dos seus clientes nada mais são que agiotas sem o menor escrúpulo.

A minha terceira medida passava simplesmente por colocar rédeas às companhias que gerem e fornecem as energias em Portugal e sim, refiro-me por exemplo à EDP, GALP, etc.
É inadmissível que não haja qualquer controlo no que diz respeito aos seus contadores, às suas inúmeras taxas, aos constantes aumentos de preço, às suas estimativas ou mesmo às especulações.
Já está na altura de alguém acabar de uma vez por todas com estes assaltos legais, mas quem os poderá travar se os únicos com esse poder se alimentam do mesmo saque?

A minha terceira medida passa pelas ajudas financeiras dadas pela segurança social. A mim causa-me uma grande revolta ver que existem uns quantos milhares de desocupados a viver às custas de uns quantos desgraçados que trabalham arduamente e que se por algum infortúnio precisam de ajuda e recorrem a esta instituição para a qual contribuem mensalmente, são tratados abaixo de cão, um cão que faz uns olhinhos tristes à espera que lhe atirem um qualquer osso para que não morra à fome.
Irrita-me que para alguns existam pensões de sobrevivência, rendimento mínimo, entre outros subsídios quando em questão estão pessoas que poderiam perfeitamente executar qualquer trabalho mas que por malandragem e gosto pela boa vida se aproveitam deles para ficar em casa sem dar o corpo ao manifesto.

Continua ...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O jogo da glória

Teixeira de Pascoaes disse que “ cada homem é a medida do universo”, ora se todos provimos do pó e ao pó retornaremos, apenas se pode concluir que existam universos e universos e que o pó vale mais ou menos dependendo do universo de que é proveniente.
É bom e fica sempre bem vociferar demagogias e recitar ideais de igualdade fraternal mas só e apenas quando estas não transpõem a barreira que separa as poéticas e utópicas palavras do papel e a crua realidade.
Deixemo-nos de tretas, vamos abandonar o cinzento para encarar a realidade, essa sim universal, onde cada qual vale aquilo que os que o rodeiam julgam que vale, independentemente do valor detido por quem os julga.
Esta realidade nada mais é que um jogo de tabuleiro, onde consoante as pintas dos dados vamos avançando no tabuleiro da vida, tentando passar à frente das restantes peças na eterna busca do poder.
Agora eu pergunto: valerá a pena ostentar poder, negando que nos rodeia apenas porque alguém nos deu autonomia para isso?
Bem, um bully achará que sim e este mundo está repleto de bullies que adoram implicar e atormentar os meninos mais pequeninos e mais fracos que ordeiramente vivem a sua vida no recreio da escola. Na verdade e escondido dentro de uma aparência superior vive um cromo com um enorme complexo de inferioridade e que morre de medo de ser apanhado a experimentar os sapatos da mãe.
Afinal de contas é tão mais fácil intimidar desrespeitando quem nos rodeia do que ganhar o seu respeito. Respeito requer que se crie um relacionamento e todos sabemos como é difícil alimentar uma relação que exige tanto quanto dá. Em vez disso são como lombrigas que apenas sugam e em nada contribuem e ali estão, no seu poleiro intestinal sem perceberem de onde provem o fedor que os rodeia, constantemente cuspindo no prato onde comeram e continuarão a comer sem sequer pedir licença para se sentar.
Aconselho-vos a crescerem, desçam dos saltos altos da mamã e aprendam a respeitar para poderem um dia vir a ser respeitados e nunca exijam aquilo que não estão dispostos a dar.

Acordemos para o acordo

O tema deste meu novo devaneio é o “fresco” acordo ortográfico e sobre ele vou expor o que me vai na alma, doa a quem doer e rebaixando quem quer que se sinta rebaixado, pois neste campo só um facto deve prevalecer, a língua Portuguesa.
Não se iludam os defensores do facilitismo nem mesmo se enganem os que apoiam o evolucionismo, este acordo serve apenas e só as grandes editoras e produtoras que procuram única e simplesmente obter lucros com as vendas, quer em solo pátrio, quer nos outros territórios lusófonos. Já agora, quem acham que lucrará com todas as traduções e produções futuras, independentemente de serem livros, televisão ou cinema, já para não falar de qualquer tipo de manuais?
Bem, quanto a isso basta olhar para a oferta no solo “irmão” e será fácil de prever que o desemprego nestas áreas irá aumentar em muitos pontos percentuais neste nosso “endinheirado” país.
No que diz respeito ao facilitismo, esta é apenas uma desculpa, para os que não vêem, ou será vêm… não importa pois pode-se sempre simplificar com um novo acordo e assim deixar de errar. Mas e o que foi que viram, ou não?
Viram que mais vale mudar uma ortografia, que educar “analfabetos” a entende-la, pois para quem tem a capacidade de o entender pode facilmente reaprender.
Dirijo-me agora para os adeptos da evolução cujo argumento se baseia em parte no facilitismo acima descrito, mas também no estudo do passado pois de pharmácia passámos a farmácia e por esta ordem de ideias acabaremos todos a emitir os grunhos necessários para o dia-a-dia.
Os teóricos da evolução dizem que o ser humano continua na sua metamorfose evolucional e que num futuro próximo deixaremos de ter o dedo mindinho, as orelhas, os pelos e mesmo o nariz. Obviamente que ninguém no seu perfeito juízo dirá que estas serão evoluções que irão beneficiar a nossa aparência, mas infelizmente, estas não estão dependentes da nossa consciência, ignorância ou mesmo ganância.
Chega assim o momento de colocar na mesa os meus próprios motivos, as razões que me levam a repudiar por completo este (des)acordo ortográfico.
Começo por perguntar qual é a fronteira que separa a evolução útil e saudável, da evolução inútil e destrutiva?
Bem, a separação do átomo foi uma grande evolução da ciência, mas terá sido uma evolução saudável?
Acredito que os japoneses não tenham essa opinião.
Tal como a bomba foi para a civilização, esta “evolução”, nada mais é que o começo do retrocesso para o intelecto e sabe Deus onde acabará…
Um segundo motivo é a cultura de que todos nos devíamos orgulhar, pois apesar de sempre termos tido até aos dias de hoje péssimos regentes a comandar os destinos deste país, isto sim é triste e é o nosso fado, nunca faltou a este povo uma alma e um coração nobre, transpondo magnificamente as barreiras do espaço e do tempo através do seu mais valioso tesouro: a língua portuguesa. É este detalhe que faz de nós o centro de um império inexistente fisicamente, mas real culturalmente em quatro dos cinco continentes.
É preciso tomar consciência que este acordo acaba por castrar tão imponente vontade destes poucos que muito fizeram pelo mundo, tornando este país, outrora colonizador, num país que progressivamente está a ser colonizado por um sem fim de energúmenos que tudo devem a esta “pequena” nação e que agora tentam ditar as regras de um jogo que nunca tiveram sequer a competência de perceber.
É dito constantemente que a escrita evolui consoante a oralidade e que esta deve sempre primar sobre a escrita; ora se nos dias que hoje correm cada vez se fala pior, isto implica, e aqui entra o acordo, que se venha a escrever de igual modo.
Recuso-me a aceitar uma lógica imbecil como esta.
Recuso-me a aceitar que venham brasileiros, angolanos, cabo-verdianos entre outros, dizer-me a mim, ou melhor a nós povo português, que os presenteámos com a graça da nossa língua, como a devemos escrever.
O português não precisa de erros ortográficos para se afirmar como língua perante o mundo, este é um pensamento próprio de derrotistas submissos que tremem como escroques cobardes perante um qualquer Ipiranga quando aos seus pés jazem sete mares e um domado Adamastor…

domingo, 8 de junho de 2008

Prometeu

Abandonado nesta estrada erma, onde a desolante paisagem que me rodeia não permite olhar com esperança o futuro; vou calçando as botas que para mim são penduradas na decrépita árvore dos sonhos.
Sob os seus galhos frios e nus me sento, abrigado do escárnio que rodeia quem ousa sonhar e onde enlutado anseio a chegada de um desconhecido destino, fadado por ninfas e profetas.
De tudo vou encontrando nesta inerte espera, mas muito mais espero encontrar. Ainda é cedo para a chegada das Valquírias, antes ainda tenho muito para olhar no vítreo lago da consciência e aí enfrentar os meus demónios, libertar os esqueletos que escondo no armário do meu ser e acima de tudo, preparar-me para aceitar os monstros “Shelleyanos” que eu Victor criarei.
Na realidade sei que a sina nem sempre se encontra nas palmas resolutas das nossas mãos e que apenas podemos contar com botas que sabemos não serem nossas, mas que nos são atiradas como um qualquer osso.
Acordo perturbado para a ilusão de viver, onde gatinhei como pude, andei assim que os meus membros o permitiram e onde fui aguilhoado para que não venha a correr.
Todos somos responsáveis pelos nossos monstros, todos temos algo para esconder e somos reféns das nossas inseguranças.
Mas então o que é que nos distingue?
A aceitação, a libertação bem como a força para transformar em coragem os medos que nos dominam, mas para isso é necessário esperar, só, neste limbo existencial que separa o coração da alma, para assim encontrar um dia o equilíbrio entre os dois onde então seremos capazes de nos revermos no maior estado de pureza. Apenas aí seremos realmente senhores do nosso destino e prepararmo-nos condignamente para a inevitável viagem até Valhala…